Abiosi !
Entrevista completa,soltando A ideia reta.
Ribeirão preto , São paulo brasil...
1 1. Salve rapaziada
fale um pouco como surgiu a Abiosi?
Bom,
ABIOSI começou no início de 2001, para ser mais preciso no dia 7 de abril de
2001 na periferia de Ribeirão Preto - SP.
Começou
comigo ”Celso” e com o baixista Thiago Orlando, já víamos escrevendo e compondo
os riffs para as músicas, foi quando descobrimos o talento do vocalista Carlos
Alexandre, em uma brincadeira ele cantou “Territory” do Sepultura foi quando eu
disse “mano é você! Você será o vocalista da nossa banda!”.
Logo
depois nos descobrimos um grande e talentoso baterista Diego Duarte, conosco
Diego compôs 9 músicas do disco “Carnificina... verdadeira guerra civil”.
Diego
ficou por 1 anos e precisou deixar a banda para se dedicar totalmente aos estudos.
Logo
depois o baterista Carlão entrou para banda no início de 2002, Carlão vinha da
banda Sinapse uma banda de HC de Ribeirão Preto-SP.
Com
isso compomos a música “Querem te fuder” que fecharia o disco ‘Carnificina...verdadeira
guerra civil”.
O
nome ABIOSI foi criado por mim e pelo Diego Duarte com consentimento dos caras
da banda, “ABIOSE” significa no dicionário da língua portuguesa “Ausência de
vida”.
O nome ABIOSI e dado a
banda pela falta de amor com o próximo, pela falta de empatia, pessoas matando
umas às outras por motivo banais.
2. Com quase 19 anos de banda nos
diga essa trajetória
Que está partindo para quase 2
décadas.
São 19 anos de muita dedicação e respeito
mútuo, hoje podemos dizer que todo que fizemos foi feito com amor ao
underground e a música não comercial, sempre haverá dificuldades e elas estão
ai para serem superadas.
Por todos esses anos nós buscamos nosso
espaço sem que precisasse passarmos por cima de pessoas e bandas, sem atropelar
o tempo, sempre tentamos nos portar de maneira honesta e amigável, buscamos por
esses anos deixar nossa mensagem em forma de música, sempre com reponsabilidade
e uma mensagem positiva e de paz, um protesto com responsabilidade, vamos dizer
assim!
Nossa trajetória e feita de vitorias e
derrotas, como tudo na vida.
Todo esse tempo fortaleceu nosso ideal,
hoje podemos dizer que somos mais maduros, como pessoas e como músicos, vivemos
muitas coisas, grande aventuras e grandes enrascadas (risos).
Bom vamos falar de planos, ano que vem
2020, vamos dar início ao documentário sobre a banda em comemoração aos 20 anos
de ABIOSI, com auxílio do André Luís de Souza responsável pelo Blog/Revista
Fanzine Pop.
Estamos resgatando todo material e
conteúdo para formulação do Documentário, em breve divulgaremos alguns
materiais e também novidades.
Aproveitando o espaço, gostaria de pedir
a quem curte a banda e tenha um material como, fotos, vídeos e alguma história
bacana que entrem com contatos conosco pelas redes sociais da banda,
agradecemos imensamente!
3 . Afinação, equipamentos, criações,
riffs e essa brutal Sonoridade.
Bom, nós já testamos muitas coisas,
testamos afinações e equipamentos.
No começo da banda nós usamos afinação em
“B” sem drop, tanto que o disco “Carnificina” foi todo criado em “B” mas,
notamos que “B” não ficava legal em músicas rápidas, então, adotamos afinação
C# que caiu como uma luva nas músicas já feitas e também o que viria pela
frente.
Em relação a equipamentos hoje usamos
amplificadores valvulados e pedais 100% analógicos, já usamos equipamentos
digitais mas, com o tempo notamos que para que o som fique mais fiel, mais vivo
e mais poderoso as válvulas são fundamentais, também usamos captadores ativos,
tanto na guitarra quanto no baixo.
As criações nós fazemos de duas maneiras,
individualmente e depois montamos os riffs juntos, a criação sempre fica comigo
Celso e com o baixista Thiago que e o letrista da banda, geralmente o Thiago
chega com uma letra e montamos juntos.
A sonoridade da banda veio mudando com o
tempo, nós viemos da escola do Rock Clássico e do Punk Rock, Hard Core mas,
nossa maior influência hoje e o Death Metal e o Thrash Metal.
Nós sempre fomos fãs do metal extremo, o
peso que nos uniu na verdade (risos).
A nossa intenção sempre foi fazer um som
pesado e agressivo, algo que soasse bruto e com atitude, com o tempo nos fomos
evoluindo e adquirindo um gosto para brutalidade sem perder nossas raízes, se
você pegar nosso primeiro álbum de 2002 e ouvir o ultimo de 2018 você vai
entender o que estou dizendo.
4 . Por ser uma banda do interior
vocês acham que isso
Seja uma dificuldade ou é relativo?
Ou vocês acham que a galera so visam as bandas das grandes capitais?
Acho que é relativo, hoje a internet te
faz chegar onde jamais imaginaria que chegasse, hoje se você fizer um bom
trabalho de divulgação, por conta própria ou por acessórias, você consegue
atingir diversos públicos, as bandas que tem mais visibilidade com certeza vai
chegar mais longe, as bandas da capital tem um benefício por estar na rota de
shows etc, mas acho que todos tem seu espaço.
5. Muita gente vê vocês como uma
banda de trashcore .
Isso incomoda vocês com esse rótulo
ou vocês levam
Numa boa ?
Nos particularmente não definimos nosso
estilo, nos misturamos tudo que gostamos, e algo bem espontâneo, sempre criamos
pelo que estamos escutando no momento, acho que isso e inevitável pra nós, uma
banda, uma música ou um estilo, sempre acaba saindo o que estamos sendo
influenciados no momento.
Sobre rótulos, não nos incomoda, já fomos
chamados de banda de New Metal, Metal Core, Metal Periferia, Thrash Metal e o
próprio Thrash Core mas, e algo que não nos incomoda!
6. A parte mais chata” política” e
como vocês vê isso
No cenário underground nos tempos
atuais?
Nós não defendemos partido algum, muito
menos políticos de estimação, nós lutamos pela igualdade, pela cultura, pelo
ensino e saúde, o básico para que qualquer cidadão possa viver e ter dignidade.
O “roqueiro” que defende hoje o governo
atual “2019” ou o anterior não aprendeu nada com o roque, o rock e contestação e
protesto, principalmente contra o sistema e a desigualdade, sempre foi assim,
nos entendemos dessa forma, foi essa escola que tivemos e vamos honra até o fim
nossos ideais.
O underground anda rachado com a
política, pessoas que antes eram contestadoras hoje defendem o atual governo,
muitos hoje são “Roqueiros conservadores” e como eu disse antes o Rock não e
conservador a não ser para aqueles que tem a mente fechada e preconceituosa, no
rock não cabe o preconceito e a intolerância.
7. Amizades ,acertos ,desacertos ,
alegrias .
Nosso sonho no início era ter uma banda,
depois era gravar um disco, e por fim dividirmos palco com nossos ídolos, e tudo
isso aconteceu.
ABIOSI
e uma das coisas mais importantes em nossas vidas, nos sempre nos dedicamos
muito e sempre tivemos grandes sonhos realizados, foi com ABIOSI que
construímos nossas amizades e famílias.
Já erramos muito e já nos ferramos várias
vezes mas, jamais baixamos a guarda para as dificuldades, acho que e isso que
faz as coisas acontecerem, a insistência e a perseverança, lutar sempre!
O estilo de som que fazemos não e comum,
vamos dizer assim “comercial” mas tem um público fiel que está sempre do nosso
lado, isso que vale de verdade!
Mas podemos dizer que somos vitoriosos, o
tempo passou mas a luta nunca termina!
8 .. Influência sonora geral da
banda?
Nossas influencias são vastas, vai do Rap
até o Metal Extremo, se a música for boa vai nos influenciar.
Nós sempre buscamos influencias novas,
novas bandas, novos estilos, no meu ponto de vista isso abre nossas mentes e
nos ajudas nas composições.
Cada um traz suas influencias, cada um de
nós tem um gosto e influencias variadas, isso se mistura na hora de criar e
compor.
9.formação atual da banda, quem saiu
e quem entrou?
Hoje ABIOSI é formada por: Carlos
Alexandre nos vocais, Thiago Orlando Baixo/ Vocal, Jonas Santos – Bateria,
Celso Patrocínio – Guitarra.
O baterista Carlão saiu em Outubro de
2018, logo após Jonas Santos (March of Hate) entrou para banda, Jonas é um
baterista experiente e extremante competente e dedicado, na verdade ele chegou
chegando (risos), foi uma verdadeira
lição a chegada dele na banda!
10. Do 1 disco Carnificina , quando
rezar não adianta mais
E o a beira da extinção qual foi a
evolução sonora que vocês sentiram?
Nos evoluímos não somente no conjunto mas
individualmente, cada disco foi um degrau da nossa evolução, se notar do
“Carnificina” até “À beira da extinção” e visível essa evolução geral.
Nós estamos sempre buscando conhecimento,
melhorias pessoais e de equipamentos, tudo isso conta muito.
As músicas ficaram mais trabalhadas e
difíceis de tocar, antigamente não tínhamos essa noção mas, com o tempo nos
enxergamos os erros e fomos corrigindo passo a passo, sempre tem algo a se
melhorar, é difícil encontrar a perfeição plena.
11. Bom venho agradecer vocês por
tudo .. e deixe uma reta para a galera que está iniciando como bandas e eventos
..
Irmão nós somos honrados e nos que
devemos agradecer, por abrir esse espaço nobre a nós, muito obrigado!
Desejamos muito sucesso a página e o que
precisar pode sempre contar conosco!
Para galera que está começando gostaria
de dizer que insista, lute e respeite as pessoas, nada vem do dia para noite,
tudo depende de tempo, insistência e dedicação.
Aos organizadores de eventos peço que
respeite bandas e artistas, não importa quem, dê valor na luta de cada um, dê
valor ao trabalho feito, uma banda e artista tem muito trabalho até chegar ao
palco, não é simples assim, gasta de tempo, ensaios e manutenção de
instrumentos e compras de equipamentos, respeite os artistas!
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