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Entrevista completa com a banda radiaçãox de barretos ,São Paulo Brasil

Entrevista completa com a banda radiaçãoX de barretos, São Paulo Brasil 

1. Bom vamos lá fale um pouco da trajetória de vocês .

A Banda RadiaçãoX existe desde 2006 e segue com mesma proposta de fazer um som autoral dentro do cenário PUNK/Underground com a formação atual Webert (Beti) Baterista, Kevin Baixista, Emerson (Ermim) Guitarrista e Eduardo (Edu) Vocalista, pensando na diversidade que tem nesse segmento e a 13 anos criando nossas músicas e ideologias sem se preocupar com musicalidade em um alto conceito, pois a arte nos possibilitar libertar dos padrões externos desse mercado capitalista que a mídia impõem. Não é fácil dar seguimento com banda e ideologia PUNK, para isso tem que ter muito culhão, muita garotada monta banda, participa de festivais e depois somem, muitos misturam as coisas e depois tambémsomem, nossa banda teve algumas fases e respeitamos todas as decisões que ocorreram, a pior de todas é insistir com algo que você vê que não adiantar correr. Todos devem estar na mesma vibe e desfrutar ao máximo do momento, amanhã já é outro rolê e isso não deve atrapalhar. O RDX sempre foi uma banda autentica e deixou claro que somos Hardcore e isso não pode tornar algo clichê de mídia e modinha, acreditamos no faça você mesmo e nos dias atuais sabemos dessa mudança. Hoje estamos mais uma vez com nova formação, porém todos acreditam nos ideais que o RDX tem para fortalecer e seguiremos em frente. 

2- Com 13 anos de estrada quais foram as dificuldades que vocês enfrentaram e como vocês veem a cena no interior e na geral.
Desde o início sempre foi difícil, antes era os instrumentos ruins e local para ensaios, hoje em dia superamos, porém vira e mexe tem problema com vizinhança, acho que quase nenhuma banda passou por isso  rsrsr. No decorrer com a formação do RDX, foi por a banda nos roles, já que estávamos com repertório pronto, pensamos em pôr a cara, bem mais não foi assim, tivemos que de princípio criar nosso festival e convidar algumas bandas, e em nossa cidade não tinha mais tantas bandas PUNKs e para tocar nos festivais o PUNK ou o som PUNK não era bem aceito pela grande maioria, foi ai que pensamos em fazer na escola e disseminar a ideologia de uma maneira pedagógica para as crianças e os jovens. Acredito que muitosentenderam a proposta hoje em dia quando nos encontramos eles relatam: Pow como era massa aquela época de bandas na escola nos finais de semana. E até hj conseguimos ver uma pequena mudança dessa molecada, hoje não mais moleques e sim adultos que sempre fortalecem e vão ou ajudam de uma certa forma com divulgação e respeito com o PUNK. Isso para nós só tem que somar mais e mais, porque nos dias de hoje já não existe mais bandas PUNKs, somos a última e tentamos não só como banda mais como pessoas resgatar e incentivar a molecada a montar bandas, escrever fanzine, construir um cenário, mesmo que seja um festival por ano, mais que de sequências nesse movimento. 







3- As mudanças de integrantes nesse período, a fase nova, o que mudou e o futuro com essa nova formação?
Estamos com nova formação faz apenas 2 meses, pensamos de toda maneira como prosseguir com o RDX e chegamos na conclusão já que precisávamosde um vocal, o Edu (Baixista) antes de entrar para banda sempre estava antenado com o RDX por sempre gostar de PUNK/Hardcore etc. ele sabia que tínhamos problemas com antigo vocal e falou: Quero tentar cantar! Porém tocar e cantar seria complicado para ele, o mesmo teve a ideia de convidar um novo baixista e chamou o Kevin (Atual Baixista) amigo de roles de bandas. Pensamos e pensamos, pow no andar da carruagem, não podemos perder mais tempo, bora lá. Porquê dessa decisão? Nós tínhamos passados por várias vezes problema com antigo vocal, esse pôr de fato sempre dava ar e todas nossas discussões sempre tínhamos problema com isso, e virou tanto problema que enfim. Kevin se apresentou e firmou compromisso com RDX, e demonstrou interesse e foi bem colaborativo com suas ideias para continuarmos e isso nos motivou, pensamos agora esse cara tem que realmente vestir a camisa. Hoje já estamos ampliando o repertório e estamos reativando algumas metas que já estavam praticamente descartadas. Podemos dizer que o RDX está com uma vibração positiva e contundente, pois dentro das temáticas e engajamento do nosso estilo são as letras e essas estamos focalizados para transmitir letras positivas que vá de encontro à realidade


4- Com essa nova formação, as gravações, adaptação e o estilo sonoro da banda haverá alguma mudança?
RadiaçãoX teve nesses últimos anos teve duas mudanças no vocal, e uma delas foi a entrada do Markim (Ex. Duff). Ele estava parado e queria voltar à ativa, criou uma linha de vocal mais pesada o qual curtimos muito, sem falar das letras, porém ele estava com uns problemas familiares e não deu para continuar e nos deixou suas letras, essas que já estamos usando com o Edu no Vocal. Com essa formação esperamos conseguir as metas que sempre pensamos, pois ficamos 5 anos parados sem gravação de sons novos devido problemas internos e já pensamos em finalizar essa etapa e em sequência gravar um novo EP e lançar um videoclipe para dar evidências nessa nova fase. Sobre o som, hoje com no vocal do Edu estamos finalizando algumas músicas e já estamos estudando alguns sons mais pesados e rápido na linha do Hardcore Oldschool para fechar nosso EP.


5- Quais influências sonoras vocês estão buscando para essa fase? E se tem algum? 
O RDX ficou parado 5 anos no intuito de criação e elaboração de novos sons, praticamente desligamos nosso cérebro para criação musical e até mesmo para gravação, pois esperamos e esperamos. Hoje com essa nova fase buscamos estipular metas e cumprir com as gravações e afins. Gravação temos um studio, nosso batera (Beti) praticamente é um Produtor Musical, ele é o cara que cuida das gravações e programações além de tocar e passar toda bateria. Nossa frustração foi essa, com 13 anos de banda, passamos por várias situações difíceis economicamente por não ter nenhum fundo para esse suporte e fomos pouco a pouco conseguindo esses materiais, e quando conseguimos não conseguimos finalizar um EP de 5 músicas, frustrante. Sempre tinha algo que não fluía e não dava sequência e isso foi sendo empurrado até não suportamos mais, tanta banda querendo gravar e lançar seu trampo e nós ficamos só no vácuo. Hoje nossa influência é primeiramente nos encontrarmos e ter uma direçãoos espelhos são as bandas que fazem com seu suor sua arte, e hoje não tem mais aquele lance de gravar e fazer de qualquer jeito a tecnologia está ai e todos tem acesso para transformar e criar bons trabalhos na mesma qualidade que tem os Studios de Milionários. 


     6- De que forma vocês veem a cena PunkHardcore e Metal no Brasil atualmente?
A cena hoje em dia é bem subdividida, praticamente toda região existe os roles mesmo que alguns ainda fazem de qualquer jeito, mais existe. O que mais nos surpreendeu nesse ano foi o festival do Nordeste que para nós é um espelho, tanto na construção, quanto no valor humano, é sem frescura, sem banda Headline onde todos lotam o local isso em praças aberto ao público no geral, onde agrega toda diversidade de ideologia. Aqui no interior de são Paulo estamos engajados no Coletivo PANELA DE PRESSÂO com essa mesma proposta, mesmo sabendo que não é fácil agregar a todos em um propósito de ser curador e organizador de festivais, pois nem sempre todos estão dispostos a organizar ou fazer construir festivais em suas cidades, bandas que querem só tocar e tocar. Respeitamos esse posicionamento, mais não pensem que é um só elo, essa corrente precisa se manter viva tem que ter o apoio no mínimo de atenção e parceria, ser também colaborativo e ser mais um disseminador desses festivais, assim podendo ter mais pessoas envolvidas em fortalecer e mantendo vivo o movimento UNDERGROUND. Na cena Metal não somos tão antenados assim, mais acreditamos que não deve ser tão diferente do PUNK/HARDCORE, da maneira que existe o lado positivo, também tem as dificuldades. E assim vão seguindo...


     7Política e o envolvimento de bandas o que vocês acham?
Atual política do nosso pais esta nojenta, e sem direcionamento e mais uma vez sempre é o povo quem paga tudo. É dever de toda banda deixar seu recado de insatisfação, contestando o atual governo, somos sem partidos sem bandeiras, acreditamos no anarquismo libertário, e quem está no poder não gosta de saber que anarquia é uma forma de se organizar e contestar o sistema, eles enxergam com uma forma de terrorismo, pois se precisar sair no braço não abaixaremos a cabeça. O governo vem impondo de forma radical sem assembleias e sem ouvir a massa sobre tais mudanças em vários setores, simplesmente mudam e pronto. Hoje tudo é fake News e tal, as redes sociais estão virando uma espécie de Octógono Virtual, Direita contra Esquerda e cabe a nós escrever e protestar e o que mais nos decepciona é ver PUNKs apoiando esse governo brasileiro, aliás não considero PUNK, vejam uma década atrás ninguém falava tanto de racismo, fascismo, homofobia e xenofobia como hoje. Nos Punks sempre combatemos desde sempre, porém isso vai além e tem muito roqueiro se revelando e o pior dentro da Cena! Muito triste com isso... 
  8Nos digam um pouco sobre a primeira edição do RAZA ODIADA que vocês participaramno festival?
Para nós foi uma grande satisfação fazer parte do festival e entrar para história de vocês, isso nos deu um gás, pois estávamos parados e sem um Norte, em fase de reconstrução na banda, vocês deram essa motivação. O local do festival foi fodastico, lugar bem Skate Punk, organização e estrutura classe A. Curtimos muito em rever que a cena de Franca está com pessoas dispostas a somar, e isso faz toda diferença, o público que compareceu por ser uma final de tarde de domingo fez toda diferença, os amigos que a mais de uma década que não os via, ficamos contentes e sem falar que servimos de incentivadores também para o Chute na Cara retornar as atividades. Ouvimos dos nossos amigos em especial Elton e esposa, viemos ver vocês do RDX, isso não tem preço. Estamos já esperando as próximas edições do RAZA ODIADA ok. Obrigado pelo convite. 

      9- Nessa trajetória toda de banda, amigos, eventos, furadas, erros e 
acertos e algumas frustrações? Conte um pouco sobre alguma história que marcou vocês por algum motivo?
RadiaçãoX é uma banda de 13 anos e nesses anos passamos por algumas mudanças, entrada e saída de integrantes alguns nos marcaram é claro e outros na grande maioria sempre quando podem, trocamos ideias e mantemos contatos, apesar que não foram tantas mudanças, porém todos moram em nossos corações. Nessa jornada conseguimos tocar somente em 2 estados por incrível que pareça, queremos mais é claro. Tocamos somente em Minas Gerais e São Paulo, porém foram lugares que conhecemos pessoas incríveis, em Formiga-MG viramos praticamente da Família do Serginho nosso camarada de lá, ele o Highlander. Catanduva fizemos um irmão o Pinga do Pesadelo Brasileiro que praticamente as duas bandas viraram uma só rsrsr, fase linda de se lembrar, tivemos privilégio de tocar no aniversário do Distúrbio Mental e até participamos do tributo com a música Intestino do Mundo a cena de Ribeirão Preto sempre forte o pessoal do Cativeiro das Ideias e Abiosi são nossos camaradas também bandas de responsa, em São José do Rio Preto viramos parceiros do Ronaldo Pobreza do Grinders e o Rizzutti do Dischord/Tatuaje Dicarpa que sempre nos chamou para tocar no TWO TONE e o fest que mais nos marcou foi tocar com Olho Seco e Grinders embora todos foram massa, pois essa casa de show é uma das mais UNDERGROUNDs da região. Em Franca-SP Tocamos com Chute Na Cara juntamente com Chikens Call da França e agora recentemente com o TEST no festival do RAZA ODIADA, em Mirassol-SP nosso amigo Rodrigo Jacaré nos convidou pra tocar com Riistetyt da Finlândia e na capital SP conhecemos o pessoal da Zona Norte e de Arujá cenas fortíssimas do Hardcore, tocamos com bandas de responsa como Tolerância Zero, Dizalendae na Zona Leste tocamos na Comunidade Quilombaque com Demenos Crime (RAP)AudiozumbNegrifero (RAP) em Santos dividimos palco também com Like a Texas Murder e todo ano participamos do Fest Punk de Bebedouro –SP esse que na região é o mais requintado dos festivais e por ali passaram bandas de diversas ondas do PUNK como: Sociedade Armada a DZK,  Psychic Possessor, Ação Direta, Agrotóxicos entre outras mais em nossa cidade organizamos festivais tanto no coletivo e como outros coletivos que surgiram nesses 13 anos de RDX aqui em Barretos foram Gema Genérica e o Coletivamente e através deles conhecemos o CECAC de Serrana lugar massa, lugares se não fosse o RDX não teríamos conhecido. Isso nos marcou e faz parte de nossa história

     10- Bom muito obrigado pela entrevista! Deixe um recado aqui para nós. 
A banda RadiaçãoX agradece pela entrevista em especial ao Nandor e Buk vocês são Brothers de responsa agora o pessoal fica conhecendo um pouco sobre a banda esses 13 anos de muita luta e positividade e também pela participação do festival em Franca - SP. Logo lançaremos novos materiais e se possível já peço a gentileza para divulgar esses trabalhos por essa plataforma agradecemos mais uma vez. Obrigado e nunca desistam, juntos somos mais fortes (A). 

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